28.6.06

Decada de Noventa na Praia

Estava aqui a lembrar-me do início da década de noventa na Praia. Sabem… quando não havia Internet, telemóveis e até um simples telefonema para São Vicente nos tirava tara… Naquele tempo, não existia RTP ou RDP Africa, para não falar em TV por satélite. Não havia SporTV e não se assistia facilmente os grandes jogos de futebol. Os CD’s começavam a ser de uso corrente, ter um discman… nem tanto e MP3 ou IPOD era coisa por inventar. O sistema operativo mais comum utilizado nos PC´s era o MSDos e as diskettes tinham que ser formatadas. O Palácio do Governo da Várzea ainda estava em construção, serviços eram concentrados no Plateau e toda a gente tinha o hábito de passar pela praça antes de ir para casa. Não existia o Palmarejo e o Meio da Achada era um caos, sem ruas calcetadas mas com muitas casas construídas. Não havia Chinês... Não havia lojas de chineses porta sim, porta sim e o Sucupira imperava. Existia rotura de stocks, a farinha acabava, o pão faltava e fruta importada era quase um “San Jon/Corp d’Deus”. Carro não era para todos, Starlets e Micras não rodavam nas estradas de paralelo. As festas ainda eram feitas com multas e “Zero Horas” era um sabura só! Não havia os Caçu Body mas lembro-me do bando dos terriveis “Netinhos da Vovó”.

Poderia dar outros exemplos, mas não quero cair em saudosismos e comparações com o tempo presente. Lembrava-me apenas porque senti uma pontada de nostalgia pela inocência que existia. Senti saudades do meu grupo de então e da Casa da Tia Nela na Achada de Santo António. Mas isso é matéria para um outro post, não é Betty?