A dúvida foi-me lançada por um amigo, a quem eu li o ultimo poema que "postei".
“- Gostaste?
- Sim, gostei… mas pareceu-me que já tinha lido algo parecido em qualquer lugar.
- Como???
- (silêncio indeciso de quem não sabe se diz ou não...)
- Como é possível? Eu escrevi isso ontem… Qual parte, diz? – insisti.
- … a parte dos sapatos vermelhos”.
Ainda pensei duas vezes antes de pôr o poema online, e, foi nessa sequência, que surgiu a ideia deste post. E se plagiamos sem querer, quero dizer, inconscientemente? E se vamos buscar ideias de textos ou palavras que já lemos e que ficam guardadas no nosso inconsciente até ao momento em que as resgatamos, pensando que tivemos um ataque de inspiração súbita? Se a mente prega partidas até bem piores porque não essa?
Lembrei-me de um texto que tinha lido sobre o assunto e parti á procura na net. Não encontrei, mas encontrei esta frase em O Plágio Criativo: “Carlos Drummond de Andrade ensinava, ironicamente, que o desenvolvimento da originalidade possui algumas etapas, a primeira das quais é imitar os modelos clássicos, e a última... imitar-se a si mesmo até a morte!”. Há diversos tipos de plágio, segundo a pesquisa que fiz, o plágio que é feito de propósito e com má fé, o plágio consciente, inspirado em algo concreto e o plágio inconsciente. Existem ainda diversos subgrupos que não vou mencionar. Pessoalmente, não acredito que algum deles seja desculpável e até o auto-plágio é feio. Resumindo, originalidade é difícil e dá trabalho! O melhor a fazer, segundo um artigo que li, é desconfiar das inspirações súbitas. É um tema vasto que merece ser pesquisado. Fica o convite. Já agora... se por acaso tiverem algo a acrescentar ao tema ou ao poema do dia 31 de Dezembro de 2006, vou querer “ouvir”. Bom 2007, com ou sem sapatos vermelhos!
“- Gostaste?
- Sim, gostei… mas pareceu-me que já tinha lido algo parecido em qualquer lugar.
- Como???
- (silêncio indeciso de quem não sabe se diz ou não...)
- Como é possível? Eu escrevi isso ontem… Qual parte, diz? – insisti.
- … a parte dos sapatos vermelhos”.
Ainda pensei duas vezes antes de pôr o poema online, e, foi nessa sequência, que surgiu a ideia deste post. E se plagiamos sem querer, quero dizer, inconscientemente? E se vamos buscar ideias de textos ou palavras que já lemos e que ficam guardadas no nosso inconsciente até ao momento em que as resgatamos, pensando que tivemos um ataque de inspiração súbita? Se a mente prega partidas até bem piores porque não essa?
Lembrei-me de um texto que tinha lido sobre o assunto e parti á procura na net. Não encontrei, mas encontrei esta frase em O Plágio Criativo: “Carlos Drummond de Andrade ensinava, ironicamente, que o desenvolvimento da originalidade possui algumas etapas, a primeira das quais é imitar os modelos clássicos, e a última... imitar-se a si mesmo até a morte!”. Há diversos tipos de plágio, segundo a pesquisa que fiz, o plágio que é feito de propósito e com má fé, o plágio consciente, inspirado em algo concreto e o plágio inconsciente. Existem ainda diversos subgrupos que não vou mencionar. Pessoalmente, não acredito que algum deles seja desculpável e até o auto-plágio é feio. Resumindo, originalidade é difícil e dá trabalho! O melhor a fazer, segundo um artigo que li, é desconfiar das inspirações súbitas. É um tema vasto que merece ser pesquisado. Fica o convite. Já agora... se por acaso tiverem algo a acrescentar ao tema ou ao poema do dia 31 de Dezembro de 2006, vou querer “ouvir”. Bom 2007, com ou sem sapatos vermelhos!
Observações:
1. uma das coisas boas da escrita, é que ela nos ajuda a espantar os nossos proprios demónios (não é uma citação, é uma paráfrase a uma frase que a Dª F. B. me escreveu). Eu, depois do poema passei a noite de fim do ano em família! Afinal... para quê me acabar se já o tinha feito mentalmente?