15.5.08

A Hidrobase da Calheta de São Martinho - 1927

Tinha prometido "sgrôvetar" o Fogo e Santo Antão mas o tempo anda curto. Entretanto, recebi do meu pai, via email, informações interessantes sobre a hidrobase que existiu na Calheta de São Martinho - Santiago e do acidente que aconteceu com um dos hidroaviões usadas na época, o CAMS 51... Não resisti! Segue-se o despacho da Panapress de 12 de Dezembro de 2003: “(…) Os Correios de Cabo Verde (CCV) lançaram (…) uma série de quatro selos alusivos ao 75º aniversário da base francesa de hidroaviões (hidrobase) na localidade da Calheta de São Martinho, nos arredores da capital cabo-verdiana (…). A hidrobase, construída em 1927 pela Companhia Geral da Aeropostal, funcionou durante algum tempo como local onde os hidroaviões saídos da França deixavam o correio que depois era transportado por navios para a América do Sul. Nesse período, em que acolheu a base de hidroaviões, Cabo Verde assumiu um papel de destaque na aviação comercial Europa-América do Sul via África, realçado recentemente por uma investigação publicada em edição bilingue, francês e português, realizada pelo jornalista Vladimir Monteiro, da agência cabo-verdiana de notícias, Inforpress. A escolha de Cabo Verde como escala visou encurtar a distância entre a Europa e a América do Sul. Ao optar por Cabo Verde em detrimento de Dakar, no Senegal, reduzia-se a distância em 130 quilómetros. Nessa altura o correio era transportado de hidroavião de Toulouse, França, com escala em S. Louis, Senegal, e chegava à Calheta de S. Martinho, Cabo Verde, onde era colocado a bordo de um antigo barco militar francês rumo ao Recife, Brasil. Para além da hidrobase, foi também construída na localidade de Calheta de S. Martinho uma estação de rádio de grande potência, que viria a revelar-se como o "principal pilar da segurança aérea no Atlântico Sul". Mesmo depois de desactivada a hidrobase, Cabo Verde continuou a ser importante para a Aeropostal, pois "são os faróis e as balizas destas ilhas, equipados com emissores-receptores", que vão guiar as suas aeronaves na travessia do Atlântico. Os quatro selos lançados pelos CCV incluem um mapa da linha aérea da Aeropostal, imagens parciais da hidrobase, um hidroavião CAMS- 51 e a imagem do tenente Paulin Paris, o primeiro piloto a efectuar a ligação entre Saint-Louis, no Senegal, e Calheta de São Martinho. (…)”
E no fim de uma outra página... O CAMS 51: "Hydravion de reconnaissance. Premier vol en janvier 1927. 1 seul exemplaire construit. (...) Il est testé à St Raphaël en 1926. En mars 1928 il est envoyé à St Louis du Sénégal, après quelques vols sur l'Atlantique il est détruit au cours d'un décollage par gros temps à Porto Praïa. Un second appareil désigné CAMS 51 GR n° 002, non armé apparaît en 1927 motorisé par des Gnôme Rhône Jupiter de 480 ch. il bat le 18 août 1927 avec le Lt de Vaisseau Paris comme pilote, le record mondial d'altitude pour hydravion. Transféré ensuite au Sénégal il est réformé en 1933. Aucune série du 51 ne verra le jour." Resta saber se o acidente com o CAMS 51 se deu realmente na Praia ou se se trata de um engano e tudo aconteceu na Calheta de São Martinho.
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A imagem do selo, foi retirada daqui. A pausa agora é a sério... até daqui a duas semanas!

14.5.08

Intervalo

Darkness is to space what silence is to sound, i.e., the interval.
Marshall McLuhan

8.5.08

As crónicas perdidas de Desiré Bonnafoux...

O autor de “Linhas Férreas em Cabo Verde”, artigo que coloquei no blog, em dois posts, em Julho de 2007, procura as crónicas perdidas de Desiré Bonnafaux... Em fins de Março passado, a propósito de um comentário pertinente num dos posts atrás mencionados, entrei em contacto com o Sr. Salomão Vieira e aproveitei para perguntar como seguia a pesquisa relativa ás Salinas de Pedra de Lume, na ilha do Sal. Divulgo - com devida autorização e na tentativa de encontrar alguma pista - a resposta que recebi...
“Consegui saber mais umas quantas coisas sobre a indústria do sal da ilha do dito, especialmente durante os primeiros vinte anos do séc. XX, mas depois do início das actividades da ‘Salins du Cap Vert’ em Pedra do Lume e da Companhia de Fomento em Santa Maria, especialmente a partir dos anos 30 já pouco mais pude saber.
Toda a minha pesquisa se orientava e orienta no sentido já agora de saber como evoluiu a indústria do sal e as actividades daquelas duas empresas a partir daí, e se houve ou não uma pequena locomotiva nas vias férreas da ilha do Sal. E também saber pormenores do teleférico instalado em Pedra Lume.
Um nome parece ser referência fundamental nesta pesquisa – o de Desiré Bonnafoux, que foi durante anos técnico e dirigente da ‘Salins’. Só que eu não consegui encontrar qualquer escrito deste senhor (e sei que os há) que nos fale das salinas. Tive inclusivé contactos com o Dr. Germano de Almeida que me forneceu algumas pistas, como o jornal “Dja de Sal”, onde haveria algumas crónicas de Desiré Bonnafoux, mas também não consegui chegar aceder a este jornal.”
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Lanço daqui o apelo... se por acaso alguém souber dar informações sobre onde ou como encontrar as crónicas perdidas ou exemplares do jornal “Dja de Sal”… Imagem daqui e um breve historial da ilha do Sal neste site.

5.5.08

2 anos...

2.5.08

Plan of Porto Praya - 1812

Mais um mapa... Este está no site do National Maritime Museum de Londres e permite, mediante o zoom, que a visualização do documento seja feita por segmentos, dando conhecer detalhes que normalmente escapam noutros exemplares que se encontram on line.
Title:
Plan of Porto Praya in the Island of St Jago. One of the Cape Verd Islands.
Historical Data:
The Cape Verde Islands were a Portuguese colony and had long been used as a staging post for slaving vessels. (...) a survey of the fortifications in 1812.
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Outras informações (edição, escala, etc)
A não perder: o Zom do Mapa